segunda-feira, dezembro 19, 2005

MAIS UMA DO AMIGO TAG!!! Vale a pena...

O QUE É O NATAL?
Eu, menino, sentado na calçada, sob um sol escaldante, observava a movimentação das pessoas em volta, e tentava compreender o que estava acontecendo. Que é o Natal?
Perguntava-me, em silêncio.
Eu, menino, ouvira falar que aquele era o dia em que Papai Noel, em seu trenó puxado por renas, cruzava os céus distribuindo brinquedos a todas as crianças. E por que então, eu, que passo a madrugada ao relento nunca vi o trenó voador? Onde estão os meus presentes? Perguntava-me.
E eu, menino, imaginava que o Natal não deveria ser isso. Talvez fosse um dia especial, em que as pessoas abraçassem seus familiares e fossem mais amigas umas das outras. Ou talvez fosse o dia da fraternidade e do perdão. Mas então por que eu, sentado no meio-fio, não recebo sequer um sorriso? Perguntava-me, com tristeza e por que a polícia trabalha no Natal?
E eu, menino, entendia que não devia ser assim... Imaginava que talvez o Natal fosse um dia mágico porque as pessoas enchem as igrejas em busca de Deus. Mas por que, então, não saem de lá melhores do que entraram? Debatia-me, na ânsia de compreender essa ocasião diferente.
Via risos, mas eram gargalhadas que escondiam tanta tristeza e ódio, tanta amargura e sofrimento... E eu, menino, mergulhado em tão profundas reflexões, vi aproximar-se um homem... Era um belo homem... Não era gordo nem magro, nem alto nem baixo, nem branco, nem preto, nem pardo, nem amarelo ou vermelho. Era apenas um homem com olhos cor de ternura e um sorriso em forma de carinho que, numa voz em tom de afago, saudou-me: Olá, menino! Oi!... respondi, meio tímido. E, com grande admiração, vi-o acomodar-se a meu lado, na calçada, sob o sol escaldante. Eu, menino, aceitei-o como amigo, num olhar. E atirei-lhe a pergunta que me inquietava e entristecia: Que é o Natal? Ele, sorrindo ainda mais, respondeu-me, sereno: Meu aniversário. Como assim? Perguntei, percebendo que ele estava sozinho. Por que você não está em casa? Onde estão os seus familiares? E ele me disse: Esta é a minha família, apontando para aquelas pessoas que andavam apressadas.
E eu, menino, não compreendi. Você também faz parte da minha família... Acrescentou, aumentando a confusão na minha cabeça de menino. Não conheço você! _ eu disse. É porque nunca lhe falaram de mim. Mas eu o conheço. E o amo... Tremi de emoção com aquelas palavras, na minha fragilidade de menino. Você deve estar triste, comentei. Porque está sozinho, justo no dia do próprio aniversário... Neste momento, estou com você _ respondeu-me, com um sorriso. E conversamos...uma conversa de poucas palavras, muito silêncio, muitos olhares e um grande sentimento, naquela prece que fazia arder o coração e a própria alma. A noite chegou... E as primeiras estrelas surgiram no céu. E conversamos... Eu, menino, e ele. E ele me falava, e eu O entendia. E eu O sentia. E eu O amava... Eu, menino: sou as cordas. Ele: o artista. E entre nós dois se fez a melodia!... E eu, menino, sorri... Quando a madrugada chegou e, enquanto piscavam as luzes que iluminavam as casas, Ele se ergueu e eu adivinhei que era a despedida. E eu suspirava, de alma renovada. Abracei-O pela cintura, e lhe disse: Feliz aniversário! Ele ergueu-me no ar, com Seus braços fortes, tão fortes quanto a paz, e disse-me: Presenteie-me compartilhando este abraço com a minha família, que também é sua... Ame-os com respeito. Respeite-os com ternura, com carinho e amizade.
E tenha um feliz Natal! E porque eu não queria vê-lo ir-se embora, saí correndo em disparada pela rua. Abandonei-O, levando-O para sempre no mais íntimo do coração... E saí em busca de braços que aceitassem os meus... E eu, menino, nunca mais O vi. Mas fiquei com a certeza de que Ele sempre está comigo, e não apenas nas noites de Natal... E eu, menino, sorri... pois agora eu sei que Ele é Jesus...
E é por causa Dele que existe o Natal.
(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em texto de Fábio Azamor, da cidade de Rio Bonito-RJ.)

domingo, dezembro 18, 2005

Meio ambiente: a nova onda

MAIS UMA ARTIGO DO MESTRE ONOFRE!!!

Onofre Ribeiro

No correr desta semana tive a oportunidade de realizar um velho desejo: conhecer a reserva “Salto Morato” de conservação ambiental da Fundação Boticário, em Quaraqueçaba, no Paraná, vizinha a Paranaguá.
Durante a Feira do Empreendedor, realizada em Cuiabá há dois meses, assisti a um vídeo sobre o projeto e agendei uma visita e entrevista para a revista RDM, com o presidente o presidente da Fundação, Miguel Milano.
Trago o assunto para este artigo exatamente pela importância que o assunto tomou no mundo moderno. O Paraná foi um estado exuberante como Mato Grosso entre os anos 1940 e 1970. Mas a construção da sua riqueza engoliu toda essa exuberância. Hoje trata o assunto ambiental como um produto de marketing e de conscientização social.
Mas ficou bem claro na minha percepção que o meio ambiente é um novo negócio no Brasil. Há dinheiro e possibilidades infinitas. Só tem uma coisa: quebra todos os paradigmas da economia de produção atual.
A reserva de Salto Morato tem 2.300 hectares. Está dentro da área da mata atlântica, espremida entre o mar e as serras atlânticas. A parte baixa foi pastagem de búfalos durante muitos anos. E outra foi lavoura de café. As duas são degradantes do meio ambiente. O café é uma cultura exigente e requer a derrubada de todas as árvores na área plantada. Já o búfalo degrada pelo pisoteio e compacta o solo.
A área foi adquirida pela Fundação e entrou em regime de preservação. Nada se plantou. Retirou-se apenas o capim da pastagem e deixou a natureza agir sozinha. Havia um banco de sementes misturado na terra, que reagiu. Desde 1996, a reserva está completamente povoada por uma flora inicial que os técnicos acreditam será gradualmente substituída pela ordem natural das espécies. É preciso ver a regeneração dos palmitos juçara, aqueles bem compridos e explorados até a exaustão. A mata já cresceu e fechou. A fauna está em plena recuperação.
O volume de pessoas, de estudantes, de técnicos, de estudiosos e de cientistas que visitam e fazem estágio é impressionante. Porém, além disso, e da sua importância, a reserva mostra que é possível regenerar o que se degenerou para a produção econômica.
A Fundação faz da reserva um importante instrumento de comunicação ambiental e de conscientização sobre a preservação ambiental. No centro de Curitiba, numa antiga estação ferroviária de 1953, hoje desativada, montou-se a “Estação Ambiental”, onde 70 mil estudantes já visitaram o projeto profundamente inovador, tanto ambiental como tecnologicamente, para estimular à consciência ambiental.
Voltei de lá muito impressionado. Na próxima edição da revista RDM, que circulará no domingo que vem, haverá a entrevista com o presidente da Fundação O Boticário, Francisco Milano, numa visão abrangente da responsabilidade social e ambiental no país e no mundo, com abordagens sobre Mato Grosso.
Porém, encerro este artigo deixando no ar a certeza de que um mundo novo de negócios ligados à natureza e ao meio ambiente será a nova onda da economia.

Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e da revista RDM
onofreribeiro@terra.com.br

segunda-feira, dezembro 05, 2005