sábado, maio 02, 2009

A CADA DIA NÓS MUDAMOS!


Gostar de si mesmo

Faça uma pausa e ouça o que seu coração tem a dizer. A clareza nasce da busca interior. Todos nós guardamos uma centelha divina: é aquela parte do ser que sabe intuitivamente quem você é, qual seu destino e os caminhos que levam à realização pessoal.

 

É hora de mudar
Aproveite o começo de ano para decidir o que, onde e como você quer fazer diferente. Sejam pequenas ou grandes mudanças, em casa ou no trabalho, elas é que dão sabor à vida. Até quando chegam de surpresa provocam transformações, e aceitar o que não pode ser mudado já 
é uma revolução muito positiva!
 

Nada é mais constante na vida do que o fato de estarmos sempre mudando. Mudamos de tom de voz, de idéia, de desejos, de cor de cabelo ou simplesmente de jeito de olhar para uma situação e para nós mesmos. E há mudanças grandes e bem concretas: de casa, parceiro, estilo de vida. Perceptível ou não, esse é o fluxo da vida, que faz com que até as células de nosso corpo se renovem completamente a cada seis meses, dizem os cientistas. “Correr atrás do desconhecido e abrir novos horizontes é um instinto tão básico da espécie humana como comer para saciar a fome. É esse constante anseio de mudar que nos estimula e impulsiona”, ensina Sandro Caramaschi, professor de etologia (ciência que relaciona os hábitos dos animais com os costumes humanos) da Faculdade de Ciências da Unesp/Bauru, em São Paulo.

Mud
ar adiciona um novo tempero à rotina. Isso é bom, mas gostamos também de fazer exatamente o oposto, que é pisar em terreno firme e, de preferência, previsível. “Vivemos nos equilibrando entre essas duas tendências. Buscamos o novo e o surpreendente e, ao mesmo tempo, queremos a estabilidade e o controle das situações”, analisa a psicóloga Vera de Laurentiis, pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.


Coragem e auto-estima
A maneira como cada um se posiciona nessa gangorra tem muito a ver com as experiências vividas, com a educação recebida, com os aspectos culturais e até com os fatores fisiológicos, como o funcionamento do sistema nervoso e hormonal. Um ingrediente em especial faz toda a diferença e determina nossa capacidade de realizar as transformações que vislumbramos: a auto-estima. “Ela nos dá coragem para mudar. Estudos mostram que pessoas com uma auto-imagem positiva confiam em sua capacidade de enfrentar o desconhecido e se garantir caso as coisas não dêem certo”, afirma Caramaschi. Por isso, diante de novos desafios ou do inesperado, faz bem lembrar-se das vezes que conseguimos mudar com sucesso.

Nada é mais estimulante do que as mudanças que ocorrem exatamente como desejamos ou sonhamos: são presentes do Universo para nós. Mas ele também nos ensina por linhas tortas, e as experiências que não deram certo também têm uma função. “Em certos momentos o que queremos é uma fantasia ou uma ilusão. Quando reconhecemos que esse caminho é inviável, vale ser flexível, analisar outros pontos de vista e agir sob um novo ângulo”, acredita Dulce Critelli, professora de filosofia da PUC/SP e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana, de São Paulo.

Pequenas decisões

Aceitar o que não pode ser mudado é a chave que nos ajuda a lidar também com as situações inesperadas que batem à porta, como separação, demissão ou perda. “Diferentemente do que se imagina, a aceitação é uma atitude ativa e não passiva. Ela nos faz olhar e encarar de frente a situação e descobrir recursos internos e externos para lidar com ela”, aponta Daniel Calmanowitz, diretor do Centro Dharma da Paz, de São Paulo, ligado ao budismo tibetano.
Embora algumas mudanças atuem como divisor de água em nossa história – como o nascimento de um filho ou trocar de cidade ou país –, a maioria das transformações que vivenciamos não é espetacular. “A vida é feita de decisões miúdas e aparentemente sem importância que só vão revelar seu impacto mais adiante, quando olharmos para trás e vermos como influenciaram nossa vida”, assinala Laurentiis.

Na verdade, mudar é uma receita personalizada que envolve desapego, ousadia e flexibilidade. E não é fácil selecionar nesse oceano de possibilidades quais são as mudanças estéticas, profissionais, pessoais, de relacionamento que realmente nos interessam. “Mudar é um rito de passagem que nos liberta do passado, de verdades e hábitos cristalizados que não servem mais, e criam espaço para a entrada do novo. São essas mudanças que ajudam cada um a realizar a principal tarefa que lhe cabe nessa vida, que é a de construir a si mesmo”, finaliza Critelli.

Antes de decidir, consulte seu coração
Diante de tantas opções de mudança, escutar a voz interior é o melhor caminho para decidir o que deve e o que não deve ser mudado. Confira os passos propostos pela professora de filosofia Dulce Critelli, coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana, de São Paulo.

– Pergunte para si mesmo, diante do desejo ou da possibilidade de mudança: “O que isso tem a ver comigo?” – Reconstitua sua história. Volte no tempo e reveja como você tem levado a vida, suas escolhas mais importantes e o resultado delas. Isso lhe dará a noção de seu fio condutor.
– Identifique suas alianças. Pergunte-se: “Quais são as pessoas com quem convivo? Que tipos de laço estabeleço com elas? Que acordos eu faço para mantê-las como parceiras em minha vida?” Isso dará a dimensão de que ninguém é o que é sozinho e que mudar não é um ato solitário.
– Cultive a atenção. Não percebemos os hábitos e valores que incorporamos a cada instante. Preste atenção em suas escolhas diárias, grandes e pequenas. Veja se participou conscientemente delas ou se as decisões apenas aconteceram. Reveja-as no fim do dia. Essa é uma maneira de se manter centrado e decidir os passos com mais confiança. 

Sete maneiras de enfrentar, ou simplesmente aceitar, as mudanças, segundo o budismo
A vida é cheia de surpresas e o budismo ensina muito a respeito da impermanência, isto é, o fato de que tudo está mudando a todo instante. Há lições interessantes sobre como lidar com o que é transitório e com fatos inesperados. Veja as indicações de Daniel Calmanovitz, diretor do Centro Dharma da Paz, de São Paulo, que segue a linha do budismo tibetano.

• Aceite a situação. Aceitar é libertador, ajuda a seguir em frente e impede que você fique aprisionado.

• Contemple a situação e os sentimentos que causou. Saiba que terá que lidar com eles de qualquer forma.

• Busque a ajuda e o apoio das pessoas. Não esqueça que você faz parte de uma rede de relações.

• Lembre-se de que nenhuma situação dura para sempre. Ela é apenas momentânea.

• Olhe em volta e descubra que existem outras pessoas na mesma situação.

• Se estiver muito agitado ou tenso, use a respiração como uma aliada. Concentre-se nela, tente respirar pelo abdômen e descubra como isso acalma.

• Ao acordar, sente-se na cama e preste atenção em seu coração. Estabeleça um foco para o seu dia, que pode ser sentir paz, por exemplo. Antes de dormir, sente-se novamente na cama e faça um balanço do dia e avalie se conseguiu cumprir suas metas. 

E você?

No mundo
• Mais paz e igualdade, com o fim das injustiças sociais.
• Nas relações humanas, mais tolerância, solidariedade, fraternidade e capacidade de perdoar.
• Na sociedade, a diminuição da violência e da criminalidade para que todos possam viver mais tranqüilos.
• No Brasil e na maioria dos países, que os governos e os políticos fossem mais sensíveis às necessidades de seus povos.
• A cura para o câncer, a aids e outras doenças.

Na vida pessoal

• Conseguir trabalho e prosperidade financeira.
• Alcançar a paz interior.
• Se tornar uma pessoa mais espiritualizada.
• Ganhar mais motivação e coragem.
• Praticar atividades físicas, perder peso e adotar hábitos saudáveis.


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