Olá... Demorei, mas comecei a escrever neste site bem bacana por sinal e recheado de gente da melhor qualidade para formar opinião. Quem não me conhece sou Santiago Roa Junior, Jornalista, Radialista e Especialista em Docência do Ensino Superior; Professor Universitário, Músico e faço mais um monte de coisas, que aos poucos vocês saberão.
Vou começar a falar sobre política, que é apaixonante e às vezes revoltante, mas vamos lá!
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No período eleitoral, muitos profissionais de comunicação são contratados para exercer a arte da comunicação social para eleger representantes do povo, por meio da apresentação de uma boa imagem, estratégia na hora de apresentar propostas e acima de tudo, reverter esse encanto em votos.
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O que nos deixa, no caso nós comunicólogos, é quando algum candidato com formação em outra área do conhecimento, tem a certeza plena que sabe de tudo e utiliza sua fleuma e empáfia para apresentar suas credenciais arrogantes para querer ter razão onde não tem...
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Voltarei quatro anos e contarei uma passagem de um candidato. O cidadão Engenheiro tinha 20 segundos de programa de TV. Ao gravar estourou o tempo e foi abordado pela produtora das gravações que disse que o mesmo deveria diminuir a fala, ou seja editar o texto, para que a agravação fosse inteira sem cortes, já que uma edição em corte seco é um prato cheio para os adversários venderem o despreparo de um candidato que não administra nem sequer 20 míseros segundos.
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Ao ser informado, o show de babaquice começou com a frase: - Quem te contratou, sua incompetente? Sabe com quem você está falando? Como que você quer diminuir meu tempo?
Em resumo, o Engenheiro pecou e muito numa simples operação matemática e foi com os dois pés no peito de que apenas cumpriu as ordens e tentava organizar e ajudar o imponente candidato.
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Essas e outras acontecem direto pelas produtoras que pipocam na capital e cidades do interior. Engolir sapos faz parte, mas isso não impede que as vibrações de "tomara que se lasque" não sejam emanadas. Portanto, candidatos respeitem quem foi contratado para ajudar a te eleger!
MALDITOS JINLGES DE 200 REAIS
O pior inimigo do candidato é aquele tipo de gente que chega diz que tem um conhecido, que é primo do motorista do assessor do candidato e que tá pronto pra gravar um disco... Nisso tudo, aparece um CD com uma "forcinha" pra campanha. Aí começa o inferno musical com os Jingles meia boca de campanha. O Jingle é a musiqueta que rege uma campanha publicitária ou política, enfim...
Na boa tem empresas ótimas que chegam a cobrar para candidatos do Norte do Brasil a média de cinco a 10 mil reais por Jingle. Lá pro Sul e Sudeste vamos colocar três dígitos na conta!?
Aqui a coisa é diferente, estava eu passando raiva numa fila do banco do Brasil e não deu para deixar de ouvir a conversa de dois homens, onde um deles se gabava que tinha fechado a produção de dois jingles, por 200 reais cada. É de matar... Por isso que tá quebrado e em seu currículo deve ter poucas campanhas ganhas. Enfim!
Um arremedo de jingle, que complica a vida do candidato, na maioria dos casos sem um profissional de marketing ou uma estratégia para campanha, que não sabe dizer não. Abre-se então a porta do desespero musical.
Com péssima gravação, voz fanha masculina tentando cantar uma música da Ivete Sangalo ou Cláudia Leite entramos na fase da ânsia. O tentar colocar seis palavras num espaço de verso que cabe apenas três, a exemplo do Jingle do Mauro Nazif é de doer o tímpano.
O Rebolation do Edvaldo Gomes até que ficou bem gravado, mas a música não é uma unanimidade. Candidatos fujam desta encrencas gravadas por amigos e corram do famoso "Grava isso que o povo gosta!".
Pesquisem! Gastem um pouco de grana com isso que dá certo.
Em Porto Velho o Candidato Ady gravou seu jingle em ritmo de Boi Bumbá, ficou até original, mas ouvido algumas vezes fica enjoativo. Moreira Mendes foi bem com um axé bacana e sem apelação. Anselmo de Jesus rumou para a moda de viola, típico do perfil do candidato, no entanto qualidade sonora duvidosa. Na média passa...
Jingle mesmo, alguns candidatos ao governo apresentam peças que nos emocionam, outros peças que nos revoltem e nos convidam a mudar o voto.
O Jingle não é a campanha toda, mas embala boa parte dela...
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