Bom Dia!
O Brasil acorda com a notícia da morte do Cantor Chorão. Indícios
apontam para uma possível overdose, mas ainda é cedo para julgar. Um suicídio na visão espírita e que tem um preço alto para quem crê.
Confesso que na minha vida de músico toquei muito as músicas
da banda, e todos sabem que contrariado, pois nunca vi nada demais a não ser o
baita baixista e o Baterista. Champignon e o Pelado são ótimos músicos.
Chorão um cantor que teve sorte de ter uma bela retaguarda
musical e lapsos de genialidade em algumas letras, que reparem, a “Não é Sério”
tão enaltecida é uma mantra repetido digno dos efeitos de uma "marofa",
visto em muitos reggaes entoados nos “Luais” da vida. A sua grife tem como nome
‘DO.CE’, seria pura coincidência com uma Maria mole? Não senhores!
Já abri um show deles em Cuiabá pela minha banda "Pacú
Atômico", convivi alguns momentos, na condição de jornalista o entrevistei
algumas vezes e por meio da convivência no Rio de Janeiro e principalmente em
São Paulo, onde morei na condição de músico, convivi nos backstages e ouvi de
tudo. Ouvi lamentos de invejosos, críticas de vítimas da cabeça do cantor e até
dessa genialidade questionável de ser rebelde por ser.
Chorão teve é muita sorte... Durou muito e agora deixa um
legado. Baseado no livre arbítrio cada uma planta o que colhe. Se ele usou,
bebeu, cheirou, fumou ele está pagando o preço e digo o mesmo para quem o faz,
ou o fez.
O criticar um sistema e se render a ele nos levarão a um
discurso furado e punk, que João Gordo do Ratos de Porões enfrentou e Chorão
também, quando fez comercial de um refrigerante “se rendendo ao sistema
capitalista”. Quanta verborragia e bobagem. Chorão tinha 42 anos, contas pra
pagar e nunca rasgou dinheiro. Foi mais um produto do mercado que saciou uma
parcela que queria ouvir o que ele cantava e só!
Vale à pena morrer novo de forma intensa ou viver plenamente
passando algumas vezes despercebido, ou então ignorado pelo mercado. Por isso
que falo que ele tem sorte, pois existem muitos "Chorões" por aí.
Da mesma forma que a banda é considerada como um porta voz
dos jovens, pergunto:
1 - Nasce um novo mártir que se suicidou por tabela, por
meio do uso de entorpecentes?
2 - Compará-lo com Renato Russo, Cazuza e outros. Isso é
sério?
3 - Chorão fez por merecer, para entrar para o rol dos
Hendrix, Joplin, Bonhan, Jones e outros gênios musicais mortos pelo uso da droga?
4 - O conjunto de sua obra merece ser eternizada?
5 - Suas ações: briga com Badaui, Camelo, Champignon,
encrenca em Hotéis e Aeroportos, falta de educação com fãs em programas de TV,
foram personalidade ou entorpecimento?
Mais um se vai... Fica o alerta e a reflexão sobre o uso e o
abuso das coisas.
Um comentário:
Realmente o Santiago faz as colocações de forma clara e com muita maturidade sobre o referido artista.
Precisamos pensar nossas atitudes.
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