sexta-feira, outubro 01, 2010

Para quem não viu... Debate RO na Globo - Deu no TERRA


RO: debate com clima morno deixa eleitores indecisos
29 de setembro de 2010- 18h51
Santiago Roa Junior
Direto de Porto Velho

"É hora de votar no 23, pois o Senhor é o meu pastor e nada me faltará". Foi com essa frase que o candidato ao governo de Rondônia João Cahulla (PPS) finalizou sua participação no debate da noite de terça (29) na TV Rondônia. O tom de desespero atingia também os outros candidatos, pois o clima entre os eleitores do Estado é de indecisão. Há um cenário de empate entre três dos candidatos - João Cahulla, Confúcio Moura (PMDB) e Expedito Junior (PSDB) - e o crescimento de um quarto, Eduardo Valverde (PT), alavancado por sua amizade com o presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff.

A última pesquisa do Ibope no Estado mostra empate técnico entre os três candidatos. Cahulla tem 24% das intenções de voto, seguido de Confúncio e Expedito Junior, que têm 22% cada um. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais. Os indecisos somam 15%.

O levantamento, encomendado pela Rádio TV do Amazonas, foi realizado entre os dias 28 e 30 de agosto. Foram entrevistados 812 eleitores. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia sob o número 23314/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 26985/2010.

De lá pra cá, pouco mudou. No sobe e desce, os três ainda estão na casa dos 20 pontos. No debate, Valverde apostou nos três pontos que conseguiu na última pesquisa, feita por um instituto regional, para entrar na briga.

Durante os programas eleitorais veiculados nas rádios e televisões, os candidatos do PPS, PMDB e PSDB apresentaram pesquisas celebrando suas lideranças nas intenções de voto. Apesar das pesquisas seguirem o rigor dos registros, os resultados colocaram um ponto de interrogação na cabeça dos eleitores, principalmente na dos indecisos. O PT utilizou o destaque de apresentar a subida dos números, buscando lembrar o fenômeno ocorrido com a eleição do petista Roberto Sobrinho para a prefeitura de Porto Velho em 2004.

A julgar pelo debate, parece que nada mudou. Com escudos levantados para evitar desgastes, o encontro não mostrou grandes polêmicas. Sobrou para o candidato Marcos Sussuarana (Psol), lanterna nas intenções de voto, que animou a torcida que assistia nas imediações da emissora colocando os outros candidatos em saia justa.

Dentre os ataques, o candidato do PMDB disse que se a situação permanecer - com João Calhuna como governador - serão mais quatro anos de massacre. A intenção do comentário foi estabelecer uma polarização entre ele e o candidato Expedito Junior, que tem enfrentado problemas com a falta de parceiros financeiros, acarretada pela incerteza do andamento da Lei Ficha Limpa. Isso tudo gerou a falta de pagamentos e até protestos em alguns comitês do interior do Estado. Expedito rebateu as acusações dizendo que foi humilhado nesta campanha e que nunca comprou votos, deixando nas entrelinhas que foi cassado no Senado injustamente.

Especial para Terra

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