Sema e Semagric participam de Audiência Pública que trata da criação do Parque dos Beradeiros
O Plenário da Câmara Municipal de Vereadores foi o palco da Sessão Especial da 44ª Sessão Legislativa da 11ª Legislatura, para a realização da audiência pública que tratou da criação do Parque dos Beradeiros em Porto Velho. O ato contou com a presença de autoridades, entidades e moradores interessados na preservação de um dos símbolos da capital, que é a vista do Pôr do Sol do Rio Madeira, bem como a manutenção das famílias pioneiras da região da margem esquerda do rio.
O secretário municipal de Meio Ambiente (Sema), Edjales de Brito, fez parte da mesa de autoridades, juntamente com o líder do movimento, Publicitário Rud Prado, bem como integrantes do Instituto Chico Mendes, Coordenadoria de Estradas Vicinais ligada à Secretaria Municipal de Agricultura e membros da Mesa Diretora da Casa de Leis.
O secretário disse que a Prefeitura criou um grupo de trabalho para pensar e estudar possíveis criações de unidades de conservação em Porto Velho. “Estamos em um processo de formulação de estudos e análises das possíveis áreas”, explica Edjales Benício.
O Prefeito Mauro Nazif enaltece a preservação e a manutenção da cultura e tradição das comunidades, contudo com um estudo responsável, com o consentimento livre e prévio e informado da população ribeirinha. “Vamos receber e de forma conjunta, ver todas as ideias para formular um projeto consistente e sustentável e para dar celeridade a isso, será aberto o edital para contratar consultorias para ajudar os estudos socioeconômicos, fundiários e de biodiversidade”, explica o secretário.
A discussão teve momentos de críticas e sugestões por meio de quem usou a palavra. Um dos temas abordados foi a preservação das matas ciliares, já que a região faz parte de uma Área de Preservação Permanente (APP). Dentre os temas debatidos, foi levantado o interesse em definir ações para que a Comunidade São Sebastião, se torne uma localidade com Desenvolvimento Sustentável, uma vez que mantida dentro do parque, poderá produzir e vender artesanatos, iguarias locais e explorar de forma sustentável os potenciais, as belezas naturais e respeitando a natureza.
“O temor é a especulação imobiliária, que pode transformar o local em vários arranha-céus e quem tem dinheiro poderá ter acesso à nossa paisagem, que é um dos cartões postais da nossa cidade”, comenta Geri Anderson, membro do movimento pró-criação do Parque dos Beradeiros.
Dentre as observações por parte dos moradores, que tem a rotina de cruzar o Rio Madeira diariamente, para estudar e trabalhar, estão inúmeras ações feitas sem estudo, conhecimento técnico e consulta a quem vive na área, que tem gerado insucesso em várias frentes.
Colaboração: Santiago Roa
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