sábado, dezembro 27, 2008

JORNALISTAS TURISTAS - ANO III - Diário de bordo percorrendo o Brasil

Avenida do CPA com perimetral, ao fundo Centro de Cuiabá.

Eu vim, eu vim, eu vim... Eu vim de lá pra cá... Eu sou, eu sou, eu sou... Eu sou de Cuiabá! (Trecho de letra de Rasqueado Cuiabano)

CAPÍTULO 1 – De Ji-Paraná até Cuiabá

 

Começo a saga deste ano após o sucesso das edições desta coluna que a Folha de Rondônia proporciona aos seus leitores que saem de férias viajando pelos quatro cantos do Brasil. Espero que a maioria goste, já que algumas pessoas chegaram até a sofrer possessão do coisa-ruim ou ataques histéricos ao ler algo diferente no jornal. Não procurei saber o que foi apenas rezei pela recuperação.

Iniciamos a saga desta coluna em 2005/2006 fazendo o trecho: Ji-Paraná (RO) passando por Barra dos Garças (MT), Goiânia (GO), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro, Araruama, Búzios e Arraial do Cabo (RJ) e voltando por São Paulo (SP), Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT).

Em 2006/2007 não viajei e não fizemos a coluna rodar. Em 2007/2008 voltamos com a segunda edição. Ji-paraná foi o princípio do trecho, passando por Cuiabá (MT), Campo Grande e Dourados (MS), Pedro Juan Caballero e Salto Del Guairá (Paraguai), Cascavel, Pato Branco e Palmas (PR), Treze Tílias, Videira, Curitibanos, até chegar a Balneário Camboriú e Itapema (SC). A volta foi por Curitiba e Campo Largo (PR), novamente no Paraguai, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso até Ji-Paraná.

Mas vamos aos temas desta temporada.

2008/2009

Este ano vamos inovar e ter a participação de amigos que estão viajando. Também registrarei as minhas andanças junto à colega jornalista e esposa Luciane Machado. Teremos notícias e fotos de Balneário Camboriú, onde a pergunta que não quer calar é sobre a enchente. A diferença de situações onde a tragédia esteve em destaque nos últimos dias ao lado de paisagens paradisíacas e de clima de festa total. Teremos também notícias e roteiros de botecos da capital mineira, além das maravilhas da Bahia.

Quem quiser participar, basta enviar o material e bater um papo comigo pelo MSN que será destaque desta coluna. Acesse: www.santiagoroajunior.blogspot.com e entre em contato pelo formulário interativo na página.

Ji-Paraná – Cuiabá: 1.234km

Começando a saga, vamos dar dicas pra quem vai dirigir até Cuiabá. Primeiro, o trajeto que fiz foi de forma diferente. A maioria das pessoas prefere sair ao amanhecer, para cumprir a média de 10 horas de viagem aproveitando ao máximo a luz do dia. Mas fui inventar moda e no último dia 17 resolvi sair as 14h45 de Ji-Paraná, para chegar ao final da tarde em Vilhena. Vamos ao trajeto!

Até Presidente Médici tudo tranqüilo com asfalto remendado e sem buracos. De Médici até o trevo de acesso para Rolim de Moura muita atenção com as irregularidades do asfalto. Do trevo até Cacoal tudo tranqüilo e a coisa vai bem até o Riozinho, onde se deve ter atenção aos quebra-molas. Até Pimenta Bueno asfalto bom e novamente atenção no trevo de acesso a Espigão do Oeste pelo movimento de carretas.

Chegamos a Pimenta Bueno e o cartão postal da cidade é a obra inacabada do viaduto. Tal obra chega a parecer o anel viário de Ji-Paraná e turista viajandão, pois para todos os casos ouvimos a frase: - Está saindo!

Até chegar a Vilhena mais asfalto bom, e no caminho um lugar que vale a pena dar uma paradinha para tirar fotos na Usina do Rio Vilela. Hora de abastecer e a dica é o Posto Catarinense. Tem bom restaurante e lojinha de conveniência. Mesmo tendo um preço alto de combustível em relação aos postos do Mato Grosso, o local compensa pelo atendimento e higiene. Ao passar a divisa do Estado, não fui parado pela PRF e nem pela fiscalização para ver se existe alguma irregularidade.

Mato Grosso

A partir de Vilhena mais asfalto bom até Comodoro. Atenção ao dirigir pelo fato da grande quantidade de animais mortos, na maioria Tatus. Outro importante detalhe para quem viaja a noite é a falta de pintura de faixas no asfalto.

Atenção redobrada ao conduzir seu veículo: Dependendo do consumo do seu carro é hora de pensar em mais um abastecimento. Chegando em Pontes e Lacerda a dica é o Posto Tuiuiú na saída da cidade. Ótimo atendimento, preço bom e restaurante com lojinha. Se o carro estiver econômico vale a pena esticar mais 90 quilômetros até o posto Pedro Neca. Muitos elogios ao estabelecimento segundo motoristas que conversamos nos postos de Vilhena e Pontes e Lacerda.

Ao sair de Pontes e Lacerda rumamos para Cáceres com ótimo asfalto. Atenção para as 12 pontes das Vazões do Rio Paraguai, garantia de boas fotos durante o dia com as famosas vitorias régias e a grande ponte que anuncia a chegada até Cáceres cruzando o Rio Paraguai. Chegando lá a dica para esticar as pernas é o posto Rio Paraguai que fica ao lado da BR. 

Ao partir de Cáceres muita atenção. O Guia 4 Rodas alerta que o trecho até o Posto 120 está ruim. Na verdade não está mais, pois a sinalização da Serra é boa e os buracos foram tapados. Vale o lembrete de conferir os freios e calibragem dos pneus, pois passar na Serra do Mangaval logo após sair de Cáceres é ação perigosa e sinuosa. Passando o Posto 120, prepare-se para alguns buracos na pista, passando a entrada de Poconé até chegar ao Trevo do Lagarto.

Foram 10 horas e 30 minutos ao volante e parando para abastecer e lanches rápidos com muita hidratação até estar em Várzea Grande (MT) ás 3h30 horário local. Em Mato Grosso adiante o relógio uma hora.  

Não posso perder

Paisagens belas ao caminho.

Usina do Rio Vilela

Usina da Real Norte (Pontes e Lacerda)

Rio Paraguai e Serra do Mangaval em Cáceres. 

Vantagens de dirigir a noite neste trecho com pouco movimento de carretas.

Não tem como fugir

Tatus e outros animais vivos e mortos na estrada.

Do grande número de carretas na estrada durante o dia.

Poucas opções de postos com banheiros limpos na estrada.

Se puder evite

Parar muito tempo em postos de Comodoro, Pontes e Lacerda e Cáceres.

Não dê bobeira mostrando dinheiro ou bagagem, mesmo que seja para dar uma arrumada no bagageiro.

Existe o temor pela proximidade com a fronteira boliviana sobre assaltos e roubos.

Igreja de São Benedito no centro de Cuiabá, local histórico de demonstração de fé ao Santo Negro realizado com devoção pelo povo cuiabano.

Próxima Etapa

Giro por Cuiabá – O retorno – Loucos ao volante.

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