CAPÍTULO 1 – De Ji-Paraná até Cuiabá
Começo a saga deste ano após o sucesso das edições desta coluna que a Folha de Rondônia proporciona aos seus leitores que saem de férias viajando pelos quatro cantos do Brasil. Espero que a maioria goste, já que algumas pessoas chegaram até a sofrer possessão do coisa-ruim ou ataques histéricos ao ler algo diferente no jornal. Não procurei saber o que foi apenas rezei pela recuperação.
Iniciamos a saga desta coluna em 2005/2006 fazendo o trecho: Ji-Paraná (RO) passando por Barra dos Garças (MT), Goiânia (GO), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro, Araruama, Búzios e Arraial do Cabo (RJ) e voltando por São Paulo (SP), Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT).
Em 2006/2007 não viajei e não fizemos a coluna rodar. Em 2007/2008 voltamos com a segunda edição. Ji-paraná foi o princípio do trecho, passando por Cuiabá (MT), Campo Grande e Dourados (MS), Pedro Juan Caballero e Salto Del Guairá (Paraguai), Cascavel, Pato Branco e Palmas (PR), Treze Tílias, Videira, Curitibanos, até chegar a Balneário Camboriú e Itapema (SC). A volta foi por Curitiba e Campo Largo (PR), novamente no Paraguai, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso até Ji-Paraná.
Mas vamos aos temas desta temporada.
2008/2009
Este ano vamos inovar e ter a participação de amigos que estão viajando. Também registrarei as minhas andanças junto à colega jornalista e esposa Luciane Machado. Teremos notícias e fotos de Balneário Camboriú, onde a pergunta que não quer calar é sobre a enchente. A diferença de situações onde a tragédia esteve em destaque nos últimos dias ao lado de paisagens paradisíacas e de clima de festa total. Teremos também notícias e roteiros de botecos da capital mineira, além das maravilhas da Bahia.
Quem quiser participar, basta enviar o material e bater um papo comigo pelo MSN que será destaque desta coluna. Acesse: www.santiagoroajunior.blogspot.com e entre em contato pelo formulário interativo na página.
Ji-Paraná – Cuiabá: 1.234km
Começando a saga, vamos dar dicas pra quem vai dirigir até Cuiabá. Primeiro, o trajeto que fiz foi de forma diferente. A maioria das pessoas prefere sair ao amanhecer, para cumprir a média de 10 horas de viagem aproveitando ao máximo a luz do dia. Mas fui inventar moda e no último dia 17 resolvi sair as 14h45 de Ji-Paraná, para chegar ao final da tarde em Vilhena. Vamos ao trajeto!
Até Presidente Médici tudo tranqüilo com asfalto remendado e sem buracos. De Médici até o trevo de acesso para Rolim de Moura muita atenção com as irregularidades do asfalto. Do trevo até Cacoal tudo tranqüilo e a coisa vai bem até o Riozinho, onde se deve ter atenção aos quebra-molas. Até Pimenta Bueno asfalto bom e novamente atenção no trevo de acesso a Espigão do Oeste pelo movimento de carretas.
Chegamos a Pimenta Bueno e o cartão postal da cidade é a obra inacabada do viaduto. Tal obra chega a parecer o anel viário de Ji-Paraná e turista viajandão, pois para todos os casos ouvimos a frase: - Está saindo!
Até chegar a Vilhena mais asfalto bom, e no caminho um lugar que vale a pena dar uma paradinha para tirar fotos na Usina do Rio Vilela. Hora de abastecer e a dica é o Posto Catarinense. Tem bom restaurante e lojinha de conveniência. Mesmo tendo um preço alto de combustível em relação aos postos do Mato Grosso, o local compensa pelo atendimento e higiene. Ao passar a divisa do Estado, não fui parado pela PRF e nem pela fiscalização para ver se existe alguma irregularidade.
Mato Grosso
A partir de Vilhena mais asfalto bom até Comodoro. Atenção ao dirigir pelo fato da grande quantidade de animais mortos, na maioria Tatus. Outro importante detalhe para quem viaja a noite é a falta de pintura de faixas no asfalto.
Atenção redobrada ao conduzir seu veículo: Dependendo do consumo do seu carro é hora de pensar em mais um abastecimento. Chegando em Pontes e Lacerda a dica é o Posto Tuiuiú na saída da cidade. Ótimo atendimento, preço bom e restaurante com lojinha. Se o carro estiver econômico vale a pena esticar mais 90 quilômetros até o posto Pedro Neca. Muitos elogios ao estabelecimento segundo motoristas que conversamos nos postos de Vilhena e Pontes e Lacerda.
Ao sair de Pontes e Lacerda rumamos para Cáceres com ótimo asfalto. Atenção para as 12 pontes das Vazões do Rio Paraguai, garantia de boas fotos durante o dia com as famosas vitorias régias e a grande ponte que anuncia a chegada até Cáceres cruzando o Rio Paraguai. Chegando lá a dica para esticar as pernas é o posto Rio Paraguai que fica ao lado da BR.
Ao partir de Cáceres muita atenção. O Guia 4 Rodas alerta que o trecho até o Posto 120 está ruim. Na verdade não está mais, pois a sinalização da Serra é boa e os buracos foram tapados. Vale o lembrete de conferir os freios e calibragem dos pneus, pois passar na Serra do Mangaval logo após sair de Cáceres é ação perigosa e sinuosa. Passando o Posto 120, prepare-se para alguns buracos na pista, passando a entrada de Poconé até chegar ao Trevo do Lagarto.
Foram 10 horas e 30 minutos ao volante e parando para abastecer e lanches rápidos com muita hidratação até estar em Várzea Grande (MT) ás 3h30 horário local. Em Mato Grosso adiante o relógio uma hora.
Não posso perder
Paisagens belas ao caminho.
Usina do Rio Vilela
Usina da Real Norte (Pontes e Lacerda)
Rio Paraguai e Serra do Mangaval em Cáceres.
Vantagens de dirigir a noite neste trecho com pouco movimento de carretas.
Não tem como fugir
Tatus e outros animais vivos e mortos na estrada.
Do grande número de carretas na estrada durante o dia.
Poucas opções de postos com banheiros limpos na estrada.
Se puder evite
Parar muito tempo em postos de Comodoro, Pontes e Lacerda e Cáceres.
Não dê bobeira mostrando dinheiro ou bagagem, mesmo que seja para dar uma arrumada no bagageiro.
Existe o temor pela proximidade com a fronteira boliviana sobre assaltos e roubos.
Igreja de São Benedito no centro de Cuiabá, local histórico de demonstração de fé ao Santo Negro realizado com devoção pelo povo cuiabano.
Próxima Etapa
Giro por Cuiabá – O retorno – Loucos ao volante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário