quinta-feira, janeiro 24, 2008

FINAL DA VIAGEM - Cap. 10.

Sexta-feira dia 11 de janeiro.
Acordamos e fomos à praia no dia que seria o último a beira mar de nossas férias. Antes do meio dia comecei a fazer contas de tempo, estrada e quilometragem e propus ao grupo de pegarmos a estrada à tarde para adiantar tempo. Todos toparam e corremos arrumar as coisas, a juntar roupa suja, fechar mala, montar bagageiro e etc. Resumindo, pegamos estrada às 18 horas rumo a Curitiba (PR).
Como tínhamos duas horas de sol para dirigir, com uma rodovia duplicada e sem buracos, saímos com planos de dormir na capital do Paraná. Passamos a nos despedir do litoral e começamos a planejar que seria jogo tentar ir até Ponta Grossa, mas acabamos chegando a Campo Largo, a capital das louças, e encontramos o Hotel Campo Largo que deu um show de hospedagem.
Logo na manhã do outro dia, tomamos um lauto café e rumamos sentido Irati, Guarapuava, Guaraniaçú, pausa para almoço rápido em Ibema e partimos para Cascavel. Contornamos o anel viário e seguimos para Toledo, Marechal Candido Rondon e Guairá.






Ali a vontade de consumir bateu forte, entramos no Paraguai para mais algumas compras de Toblerone, Batatas, alguns Mp3, Mp4 e outras coisinhas. Informamos-nos com a receita federal e declaramos na entrada que estávamos com máquinas fotográficas e lap tops, para poder sair com o que tínhamos entrado e acima de tudo respeitando a regra de U$300,00 por pessoa.
Entrar foi fácil, mas uma fila de cerca de 10 quilômetros nos atrasou na saída. Passamos sem ser incomodados pelos fiscais, pois nosso medo era ter que desfazer toda a bagagem que estava entulhada no carro, para provar que estávamos dentro da lei. Nosso plano de dormir em Dourados seguia firme e pegamos a estrada. O relógio marcou 21 horas e chegamos a Dourados para então descansar, depois de mais de 13 horas dirigindo.



Carretas carregadas com mercadorias rumo ao Paraguai




Filas para sair de "Mi Paraguay Querido!"

Procura-se um Hotel
Fomos direto ao Hotel Bahamas, que contei nos primeiros capítulos de nossa saga, mas a notícia temida veio. Todos hotéis de Dourados estavam lotados, em decorrência do Vestibular que aconteceria no próximo dia e pelo fato de um concorrido casamento que se realizava. Procuramos hotéis simples pedindo apenas garagem para as bagagens do carro, mas o conselho era para tentar nas cidades próximas, pois até convidados dos casamentos estavam retornando para Caarapó ou seguindo para Douradina. Como estávamos subindo o Estado, fomos para Douradina.

Ataque de nervos
Chegamos a Douradina cansados e batemos em todos os hotéis que estavam lotados. Fomos até a próxima cidade, Rio Brilhante e adivinhem: Dois casamentos na cidade e uma festa de uma grande empresa e todos hotéis lotados. Respiramos e fomos para frente, até Prudêncio Thomaz, que não entramos de medo e seguimos até Nova Alvorada do Sul. Chegamos, procuramos e todos os dois hotéis lotados.
O relógio batia as “12 Badaladas Notúrnicas” e ali parei em um posto e tomei uma coca-cola com café para acordar. Pela primeira vez senti na pele o drama de um carreteiro carregado de alface, de Porto Alegre para Fortaleza. Não podia parar na estrada com toda minha família e tinha que chegar numa cidade com um hotel decente. A solução foi tocar mais 100 quilômetros e chegar a Campo Grande. Antes de entrar na cidade começamos a ligar nos hotéis do guia 4 Rodas de cima para baixo na lista e adivinhem: Os três primeiros lotados, até que achamos o Hotel Vale Verde. Chegamos lá ás 2 horas da manhã, após ter cochilado duas vezes na estrada colocando tudo a perder. Agradeço a Deus e a Nossa Senhora Aparecida pela proteção.

Último Dia
Acordamos lá pelas 9 horas da manhã, tomamos o resto do café que o hotel ficou devendo e feio, pagamos caro e fomos arrumar o carro. Tiramos tudo e colocamos de novo deixando um espaço para eu caber no banco de trás e minha irmã revezar ao volante. Toquei até São Gabriel do Oeste, almoçamos e minha irmã dirigiu até Cuiabá enquanto eu dormia como um anjo. Em Cuiabá deixo a viagem em solo e embarco num vôo Trip para Ji-Paraná. Para fechar a viagem com chave de ouro, uma arremetida do piloto na chegada. Por motivo da chuva que se aproximava com rapidez e pés de vento, a aeronave chegou a quase tocar o solo, mas o piloto acelerou e ganhamos altitude para tentar o pouso novamente. Graças a Deus, chegamos inteiros.
E a saga dos Jornalistas Turistas termina com mais um ano de êxito, boas risadas, nenhum atrapalho mecânico da Parati Track & Field 2007 de minha mãe e tudo nos conformes.

Balanço Final
Como na primeira vez que escrevemos nossas férias de Ji-Paraná até o Rio de Janeiro, e agora de Ji-Paraná até Santa Catarina, só temos a agradecer que tudo deu certo, sem nenhum problema mecânico, de saúde ou qualquer atrapalho. Vale a pena ficar atento para as ciladas do caminho evitando dirigir em áreas de fronteira pela noite, mostrar dinheiro em qualquer parada, vacilar em situações de risco. Confiar nos guias e mapas que a gente encontra ao longo do caminho e acima de tudo, agir como jornalista perguntando tudo e a todos sem dar bandeira quer você esteja entrevistando alguém. Curta sem excessos de bebida e comida e garanto que programas familiares ainda são uma boa pedida.

Agradecimentos
• Em especial ao Jornal Folha de Rondônia, que publicou esta saga que não tinha a pretensão de sair em página inteira em alguns casos, mas já que foi assim, que legal!
• Ao Jornalista Valdir Costa que ao dar este espaço prova que notícia pode ser dada de forma humorada prova que o espaço pode ser usado com várias tendências e inovações que fogem de manuais para interagir com os leitores, apresentando entretenimento e informações prestadas de outra forma além do lead e das pirâmides invertidas. Está provado que nem só de morte, tragédia e desgraça vive um jornal.
• Francis e equipe da Folha de Rondônia, pela revisão, diagramação e carinho para com este material. Parabéns a esta equipe show. Se todas as redações tivessem o clima de companheirismo da Folha de Rondônia, o mundo seria bem melhor (Vixi Maria). Valeu Galera!
• Aos leitores que gostaram, que elogiaram, que fizeram críticas e até os que não gostaram, pois vivemos numa democracia né?! Agradeço de coração as manifestações e prometo que farei mais nas próximas férias.


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