JORNALISTAS TURISTAS
Cap. 6 - “Um Pulinho em Curitiba”
Por: Santiago Roa Junior e Luciane Machado
29 de Dezembro de 2007.
No último capítulo eu minha trupe tínhamos chegado até a praia. Corri ao mar, tomei um banho de sal grosso e voltei para o carro, pois bem no dia do meu aniversário, tive que dar um pulinho de 230 quilômetros até Curitiba. Fazer o que lá? Buscar meu presente!
Não entendeu? Eu explico, fui até lá pegar minha filha, Ana Clara, que veio direto do Rio de Janeiro até a capital do Paraná. Quem indagar que ela poderia ter ido até navegantes evitando esta pernada até outro Estado, eu explico que por falta de vôos diretos, tive que optar por isso, senão ela sairia do Rio de Janeiro, iria até Congonhas (SP), depois Guarulhos (SP) ficaria cinco horas parada num aeroporto e depois viria para Navegantes. Achei pesado para uma criança de nove anos e desacompanhada. Portanto, com o amor de pai, sofro eu!
BR-101
Saindo de Itapema rumo a Curitiba pela duplicada BR-101. Ótimas condições de asfalto, mas com motoristas doidos por todos os lados. Pegamos o trecho e de cara eu previa uma demora para a volta, pois o trânsito vinha pesado principalmente no acesso para a praia de Guaratuba (PR). Foram 78 quilômetros de trânsito lento para quem vinha para o litoral Sul.
Com estrada limpa toquei direto até São José dos Pinhais, local do Aeroporto ao lado de Curitiba para esperar minha filhota.
Problema Nº1
Como sempre fizemos quem despacha a criança procura o serviço do Juizado da Infância e da Juventude e tira a autorização para a viagem de criança desacompanhada. Fácil e rápido, pois o serviço existe no aeroporto.
Existia! Pois o povo da justiça estava em recesso. Confesso que na hora mais errada do mundo, pois a rotatividade de gente viajando é justamente na alta temporada. Resultado: perdemos o vôo e passagem das 12 horas remarcada para as 17h45.
Lá vai a mãe da minha filha até a Praça 15 no centro do Rio de Janeiro achar o Juiz de Plantão e lá se deparar com vários pais e crianças chorando, pois passavam o mesmo drama. Fila, paciência de Jô e finalmente o papel assinado e carimbado. Com jeitinho brasileiro tudo deu certo, pois queriam até comprovante de residência do pai (eu) lá no Rio de Janeiro, eu estando em Curitiba e morando em Rondônia. Mas graças a Deus o bom senso reinou.
Problema nº2
Sem ter o que fazer, eu e minha fiel escudeira resolvemos pegar o mapa e passear por Curitiba. Saindo do estacionamento, esqueci de pagar a taxa e tenho que voltar a procurar uma vaga e pagar no saguão a tarifa (Fiasco nº1) Saímos seguindo placas e nos deparamos com o “Centro”. Ficamos frustrados até nos darmos conta que aquele era o centro de São José dos Pinhais e não de Curitiba (Fiasco nº2).
Pegamos a Avenida das Torres e finalmente chegamos a Curitiba. Sinalização pra quem chega perfeita e fomos até Santa Felicidade. O "Guia 4 Rodas" dizia para chegar aos restaurantes de forma pontual, mas era quase 14 horas e entramos numa churrascaria dentro do bairro tradicional. Comemos de tudo com direito a rodízio de Sushi, carne de Avestruz e nhoque frito. Uma mistura só!
Passou o tempo e resolvemos visitar a ópera de arame. Chegamos lá, fizemos o compromisso do todos e qualquer turista e lá conheci o dono de uma lojinha de souvenir, o Álvaro, torcedor do Coritiba, onde lembramos a Copa do Brasil onde a Ulbra jogou no Couto Pereira e perdeu por 1x0 graças ao apito amigo e também comentamos a campanha do Coxa na Série B. Tudo muito bom, mas era hora de voltar.
Problema nº3
Como entrar foi fácil, acreditei que sair de Curitiba, passando pelo centro seria fácil. Ledo engano, pois não achava a “mardita” placa sinalizando aeroporto. Quando vi estava rumo a uma BR e comemoramos. Não demorou muito a alegria, pois tive que retornar, pois estava indo para Maringá (Fiasco nº2).
Fiz uma volta do tamanho do mundo e peguei a Br rumo a Santa Catarina para voltar a São José dos Pinhais. Finalmente chegamos ao aeroporto.
O avião adiantou
Pelos cálculos, deveria pousar em solo curitibano às 19h30. Eu belo e formoso numa Lan house do aeroporto só escuto a voz rouca da locutora dizendo: “Vôo 3087, no solo, embarque para Porto Alegre encerrando”. Virei um ninja e corri para o desembarque onde minutos depois recebi minha linda princesa. Hora de ir para a praia! Na saída do estacionamento, novamente esqueci de pagar a taxa (Fiasco nº 4). Volto a pé na chuva e finalmente rumo sentido Santa Catarina.
Problema nº4
Cantarolando e sabendo das novidades da escola de minha filha, pegamos a BR-101 e de repente transito lento. Um acidente na Serra de Joinvile nos brindou com mais de 40 minutos parados na BR. Sem água, com fome e com minha esposa e filha segurando o xixi, finalmente fomos liberados.
Saímos de Curitiba às 19h50 e chegamos a Itapema às 23h20. Agora sim começam as férias!
Não posso perder
As belezas naturais ao longo do caminho.
Lojinhas de chocolates artesanais logo após a entrada de Blumenau
Visitar os pontos turísticos de Curitiba.
Não tem como fugir
Promoção de toalhas e tapetes ao longo do trajeto.
Risco de transito lento em alta temporada.
Levar uma lembrança de cada lugar visitado.
Da tentação de comprar móveis em Santa Felicidade.
Se puder evite
Fazer o que fiz de querer dirigir em alta temporada na BR-101.
Seguir instinto em cidade que não conhece.
Próxima etapa
Reveillon em Santa Catarina!
Acessem: www.santiagoroajunior.blogspot.com
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