sábado, janeiro 10, 2009

JORNALISTAS TURISTAS Cap. 3 - JI-PARANÁ RUMO A SAPEZAL E O IMPÉRIO DA SOJA

POR LUCIANO SANTIAGO

Ji-Paraná – Juruena (MT)

Eu e a minha esposa também Jornalista Luciane Machado pegamos a estrada. Nosso destino é Juruena (MT), com uma paradinha em Sapezal (MT). Resolvemos sair no começo da tarde, pois com dúvidas sobre o trajeto a seguir, prevemos um pernoite na estrada para chegar ao nosso destino. Dividimos esta história em dois capítulos, pois temos muito a contar. A saga que começou com um bom asfalto, passou por atoleiros difíceis e desencontro de informação, além de muita solidariedade na estrada.

A saída

13 horas do dia 26 de dezembro, rumamos ao Sul do Estado. De Ji-Paraná até Presidente Médici tudo tranqüilo com a dica de comprar castanhas do Pará num preço bom no Distrito de Bandeira Branca. Ao passar pelo show de quebra molas na BR dentro do perímetro urbano da cidade rumamos para Cacoal.

Atenção com os buracos que começam a surgir até o trevo de acesso a Rolim de Moura. São cerca de 30 quilômetros que pedem atenção redobrada do motorista de carros pequenos, pois existe o poder do mais forte a várias carretas invadem a pista para evitar as famosas “panelas” no asfalto.

Passado o sufoco, tocamos até Cacoal onde paramos para almoçar. A dica gastronômica é o restaurante “El Sossego del Uruguai”, com ótima comida e atendimento cordial. Alimentados, seguimos para Pimenta Bueno passando pelo Distrito de Riozinho. Em Pimenta o mesmo drama, desvios, buracos, lama e sinalização ruim. O desvio te leva à avenida marginal que dá preferência a quem vem da BR. Com a BR fechada em alguns trechos, fica a indecisão de preferencial e riscos de acidentes para quem passa.

Acidente

Ao sair de Pimenta Bueno encaramos 180 quilômetros chatos e sonolentos até Vilhena. Perto do acesso a Cabixi tem algumas lanchonetes com nomes sugestivos como “Titanic”. Não quis arriscar um naufrágio e parei no trevo do acesso na parada de ônibus. Lá comprei artigos de primeira necessidades para a viagem como: Suspiro, guarda-chuva de chocolate, sorvete seco, batata-frita, refrigerante e chicletes.

Pegamos estrada e cinco quilômetros após uma viatura da PRF sinalizava para encostar. Era um acidente logo à frente. A chuva engrossou e ficou impossível buscar maiores informações sobre vítimas e causas. Ficamos parados sob intensa chuva cerca de 15 minutos e a pista foi liberada. Vimos que uma carreta bateu em um Uno, mas com pouco estrago por incrível que pareça. Tocamos em frente até Vilhena.

Pista molhada fica um sabão na BR. Todo cuidado é pouco!

Buracos na BR

Neste período de chuvas a situação se complica com o grande tráfego de caminhões e a rápida deterioração do asfalto. Por mais que as equipes de manutenção tentem São Pedro não dá trégua e a buraqueira surge. Muita atenção no trecho e atenção também logo após Vilhena até Comodoro. Começa a ficar difícil a situação, pois neste período de colheita da soja são carretas que vão e vem levando o asfalto junto.

Rumo a Sapezal

Para ir até Juruena teríamos o acesso pela BR 175. De Vilhena fica a 280 quilômetros até Juína (155 quilômetros antes de Juruena). Seguindo orientações de motoristas de Ônibus da Eucatur, seguimos a linha entrando no trevo antes de chegar a Comodoro (MT). Até lá asfalto bom e melhor ainda ao entrar nas rodovias estaduais de Mato Grosso. Um tapete e a visão de soja a perder de vista. Uma grande potencialidade de turismo rural que não vem sendo explorada ainda. Entramos no império do Governador de Mato Grosso Blairo Maggi. É muita terra e muita soja.

Passamos por Campos de Julho (MT), e chegamos a Sapezal ás 20 horas. Ficamos no Hotel Bosque. Carregamos as próprias malas, ficamos no apartamento completo com ar, frigobar vazio, internet sem fio desligada, cheiro ruim no banheiro e barulho nos corredores. Acordamos tomamos o café e rimos com a dona do Hotel que nos disse que a estrada até Brasnorte (MT) estava tão ruim que nem avião passava. Mas isso é história para a semana que vem.

Flagra de avião agrícola pulverizando as plantações de soja de Sapezal.

Próxima Etapa

De Sapezal aos atoleiros do Mato Grosso.

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Não posso perder!

Dar uma entrada em nossos municípios como Vilhena, Pimenta Bueno e Cacoal para especular preço de combustível, hotéis e restaurantes.

Realmente são mais baratos que as opções na BR.

Não tem como fugir!

Do asfalto liso quando chove. Diminua a velocidade! 

Da falta de postos de informação e desinformação total de frentistas e funcionário de Postos de Combustíveis sobre dicas de caminhos e distâncias.

Dos buracos entre Presidente Médici e o trevo de acesso a Rolim de Moura.

Se puder evite!

Dirigir a noite, pois com as chuvas começam a aparecer os buracos na pista.

Entrar na briga no trânsito com guerra de luz alta e seguir ultrapassagens de motoristas inexperientes. É fácil notar quem é barbeiro!

Um comentário:

Anônimo disse...

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