POR LUCIANO SANTIAGO
Ji-Paraná – Juruena (MT)
Eu e a minha esposa também Jornalista Luciane Machado pegamos a estrada. Nosso destino é Juruena (MT). Depois de sobrevivermos aos atoleiros, asfalto péssimo, médio e bom, buracos e pontes ruins chegamos vivos a Juruena percorrendo
Prejuízo: Máscara do farol de milha do carro ficou perdido na estrada, buchas dos amortecedores avariadas e muita lama abaixo do motor. Como saldo final o Siena ELX 1.4 foi guerreiro e teria a volta pela frente. Mas antes vamos contar as boas de Juruena.
Final de Ano
Chegamos à véspera do meu aniversário e de presente saboreamos salame de capivara. Tal notícia enojaria os ecologistas, mas para não passar por “metido da cidade” provei e assumo que gostei do sabor. Aproveitei e entrevistei os parentes sobre o porquê de fazer tal iguaria com um bicho tão bonito e pacato. A resposta veio no outro dia com uma visita de campo. Em várias áreas rurais pude constatar a destruição de milharais e canaviais. As capivaras fizeram a festa e tornaram-se alvos dos produtores da região, pois são consideradas como pragas das plantações.
Passei meu aniversário com os parentes, teve bolo, parabéns e presente! Era dia 29 de dezembro e completei 34 anos. Recuperado da viagem nos preparamos para o Reveillon que foi no clube social da cidade. Uma saborosa ceia, sem capivara, e com parentes que não via há 14 anos. Como toda família descendente de italianos, teve grito, choradeira e a maioria vermelho de tanta bebida pela alegria do momento. Confesso que me comportei!
Milharal destruído pela ação das capivaras, que viram alvo
dos produtores e se tornam iguaria culinária.
Rio Juruena
Convidado pelos meus primos fomos conhecer o Rio Juruena e munidos de barco e máquina fotográfica fomos com a missão de flagrar pescadores na época da piracema. Sem nenhum guarda florestal, que estavam em clima de festa de final de ano, flagramos barcos e a pesca rolando solta por lá.
Muita gente pesca de forma irregular em uma área de difícil fiscalização, pois conta com mais de mil ilhas ao longo do leito do imenso rio. O passeio vale a pena pelas belezas naturais, observação de várias espécies de pássaros e a certeza de uma volta ao local na época da seca para uma pescaria legalizada. Em junho ou julho o retorno está marcado.
Flagrante de pescadores ilegais no Rio Juruena
em pleno período de Piracema e sem fiscalização na região
A Volta
Era domingo dia 3 de janeiro, 6 horas da manhã. Pegamos a estrada em dois carros. Eu e minha esposa no Siena e minha mãe, irmã e sobrinho na Parati Track & Field 2007. Novamente passamos pelos
Almoçamos em Juína e fomos sem saber por onde voltar, pois no dia anterior fomos informados que a chuva havia castigado os dois acesso para Sapezal (MT). O trecho pelo pedágio na reserva indígena de Campo Novo do Parecis estava intransitável. O "areião", trecho da vinda foi descartado após sabermos que mais de 10 carretas estavam atoladas. Nosso plano B era ir até Tangará da Serra, sair na BR 364 na região do Caramujo, próximo de Cáceres, para voltar a Rondônia. O trecho de Vilhena até Juína pela BR 175 está intransitável e por isso fizemos a volta.
Chegando a Campo Novo do Parecis paramos para abastecer e lá fomos informados sobre um outro desvio dentro da reserva Itiariti, onde só é permitida a passagem de carros pequenos e vans. Comemoramos e fomos alertados que o pedágio de R$ 10,00 por veículo poderia ser cobrado três vezes. Fomos com a cara e a coragem e passamos por dois postos, com índios de colete, recibo com CNPJ e tudo. Pagamos, passamos por uma ótima estrada de chão batido que parecia um asfalto e chegamos a Sapezal. Praticamente em Rondônia, decidimos seguir até em Vilhena e pernoitar. Chegamos no outro diaEstrada da Reserva Utiariti com três postos de pedágio
entre Sapezal e Campo Novo dos Parecis em MT
Próxima Etapa
Encarando a BR 364 e 175 com dicas preciosas.
Não posso perder!
Parar para comer um galeto assado na Pousada Utiariti as margens do Rio Papagaio.
Ver a organização dos povos indígenas da região. Estrada pedagiada no meio da selva.
Flagrar animais belos e livres na reserva indígena.
Não tem como fugir!
Dos atoleiros em estradas de chão neste período de chuva.
Da falta de informação nas cidades e postos de combustíveis.
Dos buracos que surgem no asfalto.
Do trevo confuso para quem vem de Sapezal e Campos de Julho para entrar na BR 364.
ATUALIZAÇÕES!
O DNIT está trabalhando firme no trecho de Cacoal a Ji-Paraná. Existem alguns buracos de nível 3 na escala de
Atenção no trecho de Pontes e Lacerda a Comodoro (MT). Muitos buracos de nível 5, daqueles de entortar a roda e arrebentar com o pneu.
Boa Viagem e até semana que vem!
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